Não adianta mais acender um cigarro atrás do outro. Minha mente cansou da letargia. Minha mente quer ver gente, quer ver o mundo. Mas a chuva é forte demais. Pelo menos não faz frio. Em noites frias as ausências se tornam mais óbvias. E o teu cheiro ainda está no meu travesseiro. Ainda tem roupas tuas largadas no meu quarto, misturadas na minha bagunça. Bagunça mesmo está meu peito. De vez em quando se enraivece. De vez em quando sente saudade. Mais saudade do que raiva.
A máquina apitou, ficou pronto o café. Tomo uma, duas, três xícaras. Jogo Campo Minado no computador. Fico me perguntando se ainda tem alguém no bar. Se ficaram presos com essa chuva ou se resolveram ir pra casa. Desisto de pensar isso. Eu não vou querer sair na chuva. Fico pensando em toda essa confusão que se instalou na minha mente. Mas só o que vem é a saudade. Saudade, saudade.
Por que eu ainda lembro do teu cabelo roçando minha orelha. Eu ainda sinto falta da nossa coleção de camisetas pretas. Mas eu sigo tomando meu café e fico observando a chuva pela janela. A água que bate em gotas. O café eu ainda tenho. Mas você, não.
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