segunda-feira, 18 de maio de 2015

Minha metralhadora cheia de mágoas.

"Dias sim, dias não, eu vou sobrevivendo sem um arranhão..."

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De-sâ-ni-mo.

Eis o meu atual estado de humor. Não tenho vontade de fazer nada. Não quero viver nada. Vou por aí me arrastando pelos cantos, esperando algo que mude essa rotina enfadonha, que dê uma girada nas coisas e me anime a vida.

O mesmo café forte de sempre. Eu decidi até cortar o açúcar do café, sabia? Assim fica amargo igual ao meu humor. Tem dias que é melhor nem acordar. Quisera eu ter o direito de dormir por tempo indeterminado. Dormir, sim. O cérebro não gira tão loucamente em volta de pensamentos quando estamos dormindo.

Pudera eu ter aquele tratamento de Brilho Eterno de Uma Mente Sem Lembranças. Selecionar as memórias pra esquecer. O problema é que nós, seres humanos, somos máquinas muito desenvolvidas. Eu queria ser um computador. Quando a memória estiver cheia, é só deletar alguns arquivos que já não servem mais pra nada.

Mas Cartola já dizia que o mundo é um moinho. O sol nasce todos os dias. E todos os dias ele se põe. Os romances se acabam, mais criança nascem, vidas se perdem e o mundo continua seu ciclo ininterrupto.

A continuidade das coisas é o que me espanta.

Mas eu sei que vamos continuar também.

P.s.: Cazuza e Cartola, dois mestres da música brasileira: obrigada por me inspirarem e cantarem exatamente o que eu sinto.

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