Os lábios cortados das tuas mordidas. Inúmeras manchas roxas espalhadas no meu corpo: marca dos teus apertões e sucções. O meu peito que agora tem teu cheiro. De que vale todo esse espaço na minha cama se teu corpo não a preenche? Se teu corpo não está agora, aqui, em cima de mim, teus braços segurando os meus, o sorriso malicioso no teu rosto.
Mas o que eu mais gosto mesmo é da tua respiração descompassada no meu ouvido. Do teu abraço apertado e do teu beijo que começa na boca e se espalha por todo o corpo. Dos arrepios da minha pele ao unir-se à tua em plena nudez. Onde está o calor do teu corpo junto ao meu, em meio a tanto frio? Meu quarto sendo o nosso mundo nos finais de semana. A cidade inteira correndo e nós juntos. Perdidos em êxtase e carinho. Minhas coxas por cima das tuas. Tuas mãos nas minhas coxas. Minhas mãos na tua.
Já fazem duas semanas que teus pés não mais caminham descalços em meu quarto. Que teus dedos não mais se entrelaçam aos meus. Que meu gato não deita em teu colo. Que tua respiração lenta não é meu despertador. Há dias o teu colo não é mais casa para meu corpo.
Então vê se volta logo. Termina logo essa faculdade e corre pra mim. Que eu não aguento mais ter que contar os dias pra te ver. Eu quero te ter todos os dias. Todos os minutos. Todos os incontáveis milésimos de segundo. Faz as malas e vem pra mim. Aqui no meu canto, tem repouso e carinho. A vida inteira.
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