terça-feira, 10 de março de 2015

Te puedo ver en mi, me puedo ver en vos

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Chove e eu escuto Inmigrantes. "Caen las hojas, cae la lluvia, cae tu ropa en mi cama... todo cae." Impossível não lembrar dessa mistura de eu e você que somos nós dois. E mais uma vez, me pego desejando aquela noite de chuva em que nada seria capaz de me esquentar mais que teu corpo. Nem o cobertor mais quentinho. Nem a bebida mais forte. Só teu corpo ao lado do meu, tuas pernas entrelaçadas nas minhas, teu sorriso bonito na minha direção.

Mas agora chove e chove, e não para de chover. E eu aqui, querendo deitar com você, querendo preencher todo o espaço de um colchão de solteiro com mãos, braços e abraços de nós dois. O planeta Terra deu sete voltas completas ao redor do Sol e eu continuo desejando você. Quantas estações vieram e foram embora e eu carreguei comigo essa saudade que nunca esvaziava meu peito. Vários solstícios de inverno e querer tua presença sempre foi uma constante. Te sentir, te admirar. Deitar em qualquer lugar contigo e traçar linhas nas tuas costas com meus dedos. Decorar tuas expressões.

"El alma se llenó" sempre será nossa música. Por que é sempre amor, mesmo que mude. E nós mudamos. Mais de cinquenta mil horas passaram e nos fizeram mudar. É sempre amor mesmo que alguém e esqueça o que passou. Mas nós não esquecemos. Tu não esquece o calor dos meus braços. Eu não esqueço teus carinhos reconfortantes.

Continua chovendo. Toca Bidê ou Balde e Inmigrantes. Sim, sempre serão nossas músicas. E sim, continua chovendo e vai chover muitos dias ainda. Mas nos próximos dias de chuva assim, eu quero estar com você. Sorrindo com teu sorriso. Quentinha nos teus braços. Feliz de coração.

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