Te cravo as unhas nas costas. Te envolvo com coxas grossas. Jogo na imensidão do quarto teu nome num sussurro em crescente, um gemido abafado. Tão logo tu escutas, geme em resposta. Minha pele roçando na tua. Teu sexo colado ao meu. Teus cabelos na testa, os meus por toda a cama e cara, ombros e seio. O outro seio repousa na tua mão que não repousa, mas acaricia-toca-provoca infinitamente, enviando sensações de cima pra baixo. Minha boca próxima ao teu ouvido, um fiapo de voz chamando teu nome. Mas só até minha língua escorregar no teu pescoço, teu sinuoso pescoço. As gotas de suor de dois corpos se misturando e se tornando o menor número ímpar. Nós dois sendo um. Tu sendo parte do meu corpo, grudado a mim, tão componente de mim. Tua mão deslizando pela minha coxa e desprendendo dela por uns poucos instantes até colar-se a ela novamente com intensidade gasta em forma de tapa. Chamo teu nome. Como resposta tu me olhas. Te impulsionas mais forte. Teu corpo quase explode.
O meu também.
Até que nos esvaímos. Tu te pende torto em cima de mim. Rosto suado. Respiração entrecortada. Sorriso na cara. Beija minha bochecha.
Je suis à vous. Tu es à moi. Ensemble, nous sommes seulement notre et ne appartiennent pas à quelqu'un d'autre. Ensemble.
sexta-feira, 30 de janeiro de 2015
Etre proche ne est pas physique. Dans ce cas, est.
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segunda-feira, 26 de janeiro de 2015
Que tua ausência se torne ausente.
Eu não quero mais estar presa a teus braços. Braços como laços que me atam, me aprisionam, me impedem de sair. Logo eu, óh céus, eu, a pessoa que mais se perdeu nas curvas do teu sorriso de dentes brancos, a pessoa que mais traçou o caminho do teu nariz alinhado até tua boca carnuda. Eu, que infinitas vezes já colei meu corpo no teu, regozijei de prazer extremo com teu corpo colado ao meu, te abracei e te beijei por horas incontáveis até perdemos a noção do tempo. Eu, tu, tu, eu, quantas vezes nos entregamos completamente aos mistérios da carne, aos encantos da paixão, um perdendo-se no chamego do outro, no afago do corpo amado. Mas eu já decidi que não quero mais. Eu não desejo mais para a minha vida uma noite de perdição no fundo dos teus olhos. Nem quero mais teus braços ao redor de mim, tampouco sentir o aroma pelo qual sou apaixonada e que mora nas curvas do teu pescoço. Desejo uma existência sem nunca mais poder te ver, assim te olvidarei (ou assim eu penso) e não sofrerei as duras dores da tua ausência, que toma conta de mim quando não estás perto, que me assalta, que me traz angústia.
Não desejo tua ausência seguido de tua presença, para logo depois tornar-se ausência de novo. Esse ciclo constante de tortura me oblitera e me corrói. Gostaria de não sentir nada, a não ser que de ti eu pudesse sentir tudo.
sexta-feira, 16 de janeiro de 2015
Eu não quero ser a Summer.
Eu não quero, mas eu sou. Eu sou por ter te falado que eu não quero mais. Mas eu não disse assim. Eu percebi que não ia rolar. Eu pulei fora. Eu sonhava todo o dia com alguém que me fizesse o coração bater mais rápido, alguém por quem eu atravessaria a cidade a pé no pior dia de chuva. Eu encontrei essa pessoa. Mas ela não é você.
Mas você tem zilhões de qualidades. E você é lindo, por dentro e por fora. É fácil ficar com você. Difícil é amar você. Isso pode ter sido meio rude, mas a culpa não é sua. Nem minha. Nem dele. Nem de ninguém. Mas meu coração bateu mais rápido, e eu já atravessei uma cidade no pior dia de chuva - só não foi por você.
Foi por outro. Que tem menos qualidades que você. Que não é assim tão mágico. Foi um desses que nunca vai cobrir nossa cama de rosas pra termos uma noite bonita, como você fez. Ele também nunca vai me buscar no aeroporto com uma plaquinha escrita "A garota que mais amo". Nunca vai me dar um gato antes de viajar pra que eu não me sinta sozinha. Não. Ele não é tão bom quanto você.
Mas esse cara me olhou nos olhos a primeira vez e eu senti. Não sei o quê, mas foi diferente. Foi único. Mesmo ele não sendo tão sensacional como você. Ele nunca leu Kerouac, nem Gregório de Matos e muito menos Galeano. Ele não é culto como você. Ele é apenas ele. E por que eu me apaixonei por ele, eu não sei. Eu senti que ele também se apaixonou por mim. E eu senti que aquilo só podia ser algo mais.
Você é tudo o que eu sempre desejei na vida. Se não fosse ele, eu casaria com você. Nunca nos faltaria assunto. Sempre riríamos juntos. Mas você não é ele. Eu não te amei, eu amei ele. Eu amo ele.
Três dias sem ver ele e morremos lentamente, só pra revivermos quando nos abraçamos de novo. Ele me critica e tem rompantes de estresse comigo. Eu chamo ele de coisas que nem o diabo sabe o que significam, eu mando ele à merda e penso em largar ele. Mas não largo. Porque no fim do estresse, é ele quem importa. É a presença dele do meu lado. Ele é minha doença e minha cura.
Ele quis me deixar e não aguentou. Ele falou que nunca vai ser você. Que eu não espere um um pedido de casamento super fofo e elaborado, daqueles que viram vídeo do YouTube. Ele não é romântico. Mas ele me ama. Pelo jeito que ele correu pro hospital quando quebrei o braço, eu vi. A maneira como ele me olhou o tempo todo nos olhos no sexo depois da primeira briga séria, e o ato dele de ter entrelaçado os dedos na minha mão o tempo todo.
Eu não sei te explicar. Eu devo explicações? Dá pra explicar algo assim? Você pode ser tudo que eu sempre achei que quis, mas ele e esse amor verdadeiro e mútuo era tudo que eu precisava.
Mas você tem zilhões de qualidades. E você é lindo, por dentro e por fora. É fácil ficar com você. Difícil é amar você. Isso pode ter sido meio rude, mas a culpa não é sua. Nem minha. Nem dele. Nem de ninguém. Mas meu coração bateu mais rápido, e eu já atravessei uma cidade no pior dia de chuva - só não foi por você.
Foi por outro. Que tem menos qualidades que você. Que não é assim tão mágico. Foi um desses que nunca vai cobrir nossa cama de rosas pra termos uma noite bonita, como você fez. Ele também nunca vai me buscar no aeroporto com uma plaquinha escrita "A garota que mais amo". Nunca vai me dar um gato antes de viajar pra que eu não me sinta sozinha. Não. Ele não é tão bom quanto você.
Mas esse cara me olhou nos olhos a primeira vez e eu senti. Não sei o quê, mas foi diferente. Foi único. Mesmo ele não sendo tão sensacional como você. Ele nunca leu Kerouac, nem Gregório de Matos e muito menos Galeano. Ele não é culto como você. Ele é apenas ele. E por que eu me apaixonei por ele, eu não sei. Eu senti que ele também se apaixonou por mim. E eu senti que aquilo só podia ser algo mais.
Você é tudo o que eu sempre desejei na vida. Se não fosse ele, eu casaria com você. Nunca nos faltaria assunto. Sempre riríamos juntos. Mas você não é ele. Eu não te amei, eu amei ele. Eu amo ele.
Três dias sem ver ele e morremos lentamente, só pra revivermos quando nos abraçamos de novo. Ele me critica e tem rompantes de estresse comigo. Eu chamo ele de coisas que nem o diabo sabe o que significam, eu mando ele à merda e penso em largar ele. Mas não largo. Porque no fim do estresse, é ele quem importa. É a presença dele do meu lado. Ele é minha doença e minha cura.
Ele quis me deixar e não aguentou. Ele falou que nunca vai ser você. Que eu não espere um um pedido de casamento super fofo e elaborado, daqueles que viram vídeo do YouTube. Ele não é romântico. Mas ele me ama. Pelo jeito que ele correu pro hospital quando quebrei o braço, eu vi. A maneira como ele me olhou o tempo todo nos olhos no sexo depois da primeira briga séria, e o ato dele de ter entrelaçado os dedos na minha mão o tempo todo.
Eu não sei te explicar. Eu devo explicações? Dá pra explicar algo assim? Você pode ser tudo que eu sempre achei que quis, mas ele e esse amor verdadeiro e mútuo era tudo que eu precisava.
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