sexta-feira, 16 de janeiro de 2015

Eu não quero ser a Summer.

Eu não quero, mas eu sou. Eu sou por ter te falado que eu não quero mais. Mas eu não disse assim. Eu percebi que não ia rolar. Eu pulei fora. Eu sonhava todo o dia com alguém que me fizesse o coração bater mais rápido, alguém por quem eu atravessaria a cidade a pé no pior dia de chuva. Eu encontrei essa pessoa. Mas ela não é você.

Mas você tem zilhões de qualidades. E você é lindo, por dentro e por fora. É fácil ficar com você. Difícil é amar você. Isso pode ter sido meio rude, mas a culpa não é sua. Nem minha. Nem dele. Nem de ninguém. Mas meu coração bateu mais rápido, e eu já atravessei uma cidade no pior dia de chuva - só não foi por você.

Foi por outro. Que tem menos qualidades que você. Que não é assim tão mágico. Foi um desses que nunca vai cobrir nossa cama de rosas pra termos uma noite bonita, como você fez. Ele também nunca vai me buscar no aeroporto com uma plaquinha escrita "A garota que mais amo". Nunca vai me dar um gato antes de viajar pra que eu não me sinta sozinha. Não. Ele não é tão bom quanto você.

Mas esse cara me olhou nos olhos a primeira vez e eu senti. Não sei o quê, mas foi diferente. Foi único. Mesmo ele não sendo tão sensacional como você. Ele nunca leu Kerouac, nem Gregório de Matos e muito menos Galeano. Ele não é culto como você. Ele é apenas ele. E por que eu me apaixonei por ele, eu não sei. Eu senti que ele também se apaixonou por mim. E eu senti que aquilo só podia ser algo mais.

Você é tudo o que eu sempre desejei na vida. Se não fosse ele, eu casaria com você. Nunca nos faltaria assunto. Sempre riríamos juntos. Mas você não é ele. Eu não te amei, eu amei ele. Eu amo ele.

Três dias sem ver ele e morremos lentamente, só pra revivermos quando nos abraçamos de novo. Ele me critica e tem rompantes de estresse comigo. Eu chamo ele de coisas que nem o diabo sabe o que significam, eu mando ele à merda e penso em largar ele. Mas não largo. Porque no fim do estresse, é ele quem importa. É a presença dele do meu lado. Ele é minha doença e minha cura.

Ele quis me deixar e não aguentou. Ele falou que nunca vai ser você. Que eu não espere um um pedido de casamento super fofo e elaborado, daqueles que viram vídeo do YouTube. Ele não é romântico. Mas ele me ama. Pelo jeito que ele correu pro hospital quando quebrei o braço, eu vi. A maneira como ele me olhou o tempo todo nos olhos no sexo depois da primeira briga séria, e o ato dele de ter entrelaçado os dedos na minha mão o tempo todo.

Eu não sei te explicar. Eu devo explicações? Dá pra explicar algo assim? Você pode ser tudo que eu sempre achei que quis, mas ele e esse amor verdadeiro e mútuo era tudo que eu precisava.

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