terça-feira, 5 de agosto de 2014

Uma viagem ácida.

É preciso conectar as partes desconexas. Há uma necessidade inquietante de juntar as partes perdidas de um todo, partes desalinhadas de uma história em quatro partes, as sensações, as visões e os lugares de cada um dos pedaços desconvexos de um quadrado anguloso e que em cada ângulo há um tipo de visão sem noção da realidade. Mas o que é realidade? É o que a sociedade cria ou o que a gente vivencia? Vivemos ou sobrevivemos? Andamos ou nos perdemos? Há eternamente um desalinhavo desse mundo, desse universo que dizem que é complexo, mas porém descomplicado. Estamos em retrocesso tentando voltar ao tempo onde tudo era natural, onde éramos ser, mas não humanos, éramos entes próximos ao natural, à natureza, ao tudo e ao nada, à majestidade de viver, à sapiência que se busca no alto de morros e se afunda em negros mares.

Quem é o ser humano? Quem é você? Tu, homem estúpido e cruel, que destrói as fantasias de quem quer viver, de quem quer sonhar, de quem quer ser livre, de quem quer respirar. Vestimos a carapuça que a sociedade nos coloca, como se fôssemos meros robôs, que são jogados nessa fábrica que é o mundo, e que não é para se ter vida, é para sermos escravos de uma mentira que é vendida para nós como se fosse a vida. Não me escraviza, humanidade, eu quero ar, quero liberdade, quero sem destino e quero solidão. Quero desatinar,  quero o descontrole, quero me jogar, quero viver e não quero pensar, quero agarrar-me à liberdade de viver, mas não viver dessa forma falsificada de vida que dizem que devemos viver. Quem diz? Por que?

Palmilharei por aí, tentando descobrir, tentando encontrar, sempre permitir e nunca negar, o não é uma mentira obstinada das pessoas que se negam a se libertar dessa escrotidão de vida, que não te permite ficar de braços abertos contra o vento, sentindo o vento entrar e sair da sua cabeça, ouvir o barulho do vento fazendo a curva, só sentir, só sonhar, só curtir, só imaginar. Só viver.

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