quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

A lomografia é mesmo um amor

Sou dessas pessoas que fica fuçando na internet a fim de descobrir coisas legais. Coisas legais e ideias geniais sempre existiram, mas com a invenção e a popularização da internet, muito mais gente é capaz de ver. Então, há uns anos (dois ou três) eu descobri um amor chamado lomografia. Mas o que é isso?

A lomografia começou com pessoas usando a câmera LOMO LC-A, mas o termo abrange todas as câmeras analógicas. Sim. Aquelas câmeras em que você só vê o que tá fotogrando por um visor mínimo, que não te dá garantia que o resultado da foto é o que você está vendo no visor. A lomografia é o ato de usar câmeras em que não dá pra excluir a foto assim que tira. A lomografia é usar câmeras que usam rolo de filme, fotografar às cegas e depois mandar revelar o filme.

Primeiro de tudo: eu gosto de gente teimosa. De gente que rema contra a maré. Enquanto cada dia as câmeras digitais ficam mais modernas, mais baratas e complexas, lomografar (transformei em verbo) significa explorar um lado novo do mundo da fotografia. Mas enfim, criei seleção de fotos feitas usando câmeras analógicas. Vamos ver? <3

P.s.: todas as fotos estão creditadas, para saber quem tirou a foto, é só clicar nela :)



















Eu tenho muita vontade de comprar uma e começar a fotografar, porém é algo que não tenho condiçõe$ de fazer agora :/ Até mesmo por que eu sou ambiciosa e quero começar com uma Fisheye. Mas se você tem grana pra comprar e quer começar, eu vou indicar alguns sites pra vocês:

  • Lomogracinha (de onde eu peguei a maioria das fotos, porém também creditei o autor);

  • Queimando Filme (de onde eu descobri fotógrafos novos e me perdi horas lendo os textos);

  • Lomography (o site que dá base a esse movimento).


No Flickr vocês podem encontrar mais fotos também, é só digitar "lomography" no campo de pesquisa ;)

P.s.: eu gosto de escrever pra mim e esse post parece ser para os outros... Mas eu precisava juntar algumas das minhas fotos preferidas dos últimos tempos em um post. No fim das contas, apresento uma coisa super bacana pra vocês e tenho onde salvar meus links ;)

segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

Quelqu'un M'a Dit.

large

Me falaram que o tempo não é exatamente um substantivo masculino, e sim um substantivo feminino, por ser uma meretriz. É, uma meretriz. Dessas que cobram caro por poucas horas de prazer, que te levam não só o seu dinheiro, mas sim sua energia. Mas o tempo é uma meretriz que faz tão bem o seu trabalho que as horas passam rápido. O tempo é uma meretriz, sim, e das boas.

De repente eu vi que minhas irmãs que antes tinham 45cm e agora já estão em idade de entrar na creche, que aprenderam a falar "piscina" quando queriam se refrescar no meio do calorão. De repente vi que já vou entrar no 3º semestre da faculdade, que já tem um ano que eu tô morando sozinha, me mantendo sozinha e longe de casa. De repente vi que já tenho mais de duas décadas de vida e que wow, vivi tanta coisa. De repente vi que já passou de um ano que eu abandonei o Ceará e deixou bons amigos lá, amizades essas que a meretriz que é o tempo não conseguiu apagar ou destruir, e acho que nem vai.

O tempo voa, e quando se vê, já foi. E aí ficam só as fotos, as lembranças e alguns sentimentos. Mas o tempo é uma peneira. Essa meretriz é uma peneira. Deixa passar algumas coisas que vão se embora e esvaem-se por aí, não te pertencem mais. Deixa algumas coisas que tem que ficar. Mas quem controla a peneira-tempo-meretriz somos nós. Nós que filtramos o que fica de bom e ruim, nós que temos o poder de aproveitar as coisas boas e somos nós quem temos a chance de viver o que há pra viver enquanto temos a oportunidade.

Depois, meu bem, o tempo-meretriz-peneira vira vento e leva tudo embora e só deixa resquícios. Viva, ame e aproveite intensamente. É o que eu tenho a dizer hoje. E é o que eu tô levando pra vida, viu? Cada dia mais e mais.

quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

Clódistock + realização de itens do 101 em 1001

Final de semana que passou foi facilmente um dos melhores da minha vida. Eu faço Gestão Ambiental na UERGS, e quando entrei, ano passado, era o último ano de uma das turmas. Eles escolheram o Clódis como paraninfo, e como agradecimento, ele falou que iria realizar a Clódistock, que foi um evento que ele criou há dez anos atrás. É um acampamento com rave e direito à piscina e que só tem uma regra: ninguém pode ficar parado.

Fomos pra Viamão, pra casa do pai dele, e cara, foi muito louco. Fizemos uma festa de 25hrs! Uns iam dormir e outros ficavam na festa, depois esses iam dormir e os outros voltavam. Banho de piscina às 5hrs da manhã? Checked! Vôlei sem parar (aliás, outro item do 101 em 1001 realizado)? Checked! Churrasco delicioso no almoço e no jantar? Checked! Bebemos horrores e ninguém ficou bêbado, só naquele estado de alegria. Gente, era MUITA cerveja. As músicas estavam sensacionais, e no meio da noite o Clódis fez seu show de pirotecnia. SENSACIONAL!

Pra ver melhor as fotos e as legendas, é só clicar em uma e ir passando! Boa quinta pra vocês :)

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segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

They hold no quarter

largeEles vem pra te quebrar. Eles vem pra te destruir. Pra te esmigalhar em mil pedaços, pra te dilacerar e te ver espalhado pelo chão. Eles não tem piedade, misericórdia não é algo que eles conheçam o significado. Lhes sobra soberania e lhes falta dó. Você não pode abaixar a cabeça. Você não pode concordar com o que dizem de você. Não pode deixar suas emoções serem seu calcanhar de Aquiles. Você cansa desse jogo, mas não pode parar de jogar. Não pode deixar o sofrimento tomar conta de você, não pode deixar que a dor te consuma. Nessa partida você tem que vencer. Não importa o quanto tentem te deixar pra baixo. Não importa a dor que te causem. A sua superação tem sempre que ser maior. E cansa, eu sei que cansa. Há dias em que a dor é mais forte que tudo, que lhe falta a coragem de continuar, de seguir em frente. Você tem que ser mais forte que isso. Você é mais forte que isso.

Mas você tem que seguir em frente. Não pode se entregar pra esse mundo que só quer te derrubar.

sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014

Protège-moi


Preciso de segurança. Preciso de colo, preciso de conforto. Preciso fugir de mim e esbarrar em ti. Preciso encontrar minha casa em seus braços, um carinho em seu abraço. Preciso desesperadamente me sentir segura do mundo lá fora, que me amedronta, que açoita os meus medos e me perturba. Quero esse teu olhar seguro. Essa tua cara de quem sempre sabe o que fazer. De quem sempre tá ali pra me defender. Eu que sou tão independente, tão segura de mim mesmo, preciso do teu abrigo. É o que eu quero, é o que eu preciso.

P.s.: isso não foi escrito pensando em ninguém, antes que perguntem.

terça-feira, 4 de fevereiro de 2014

O amor que é o meu quarto

Eu demorei muito pra montar esse quarto razoavelmente do jeito que eu queria. Tem detalhes que eu nem fotografei, como a cortina que fica na entrada do quarto, o "All we need is love" na porta e a mandala também na porta. Mas cada detalhezinho desse quarto me faz feliz. Sério mesmo.

P.s.: Clica em cada foto pra ver maior :)

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segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014

Well, baby I'm too busy being yours to fall for somebody new



Arctic Monkeys tocava repetidamente a sua Do I Wanna Know? no meu computador. Eu, deitada na cama, de calcinha e sutiã, fumando um cigarro. Ele, só com aquela calça jeans sem cinto, deixando aparecer um pouco da cueca. Como eu adorava olhar aquele corpo magro dele, aquele cabelo comprido e escuro, contrastando com sua pele clara. Olhei pra ele e dei um sorriso em meio a fumaça do cigarro. Ele sorriu de volta enquanto buscava entre a minha bagunça misturada com a dele o livro do Bukowski que ele estava lendo. Achou o livro, deitou do meu lado. Olhei pra ele e logo senti todo aquele amor e admiração completamente interligado ao tesão. Larguei o cigarro. Beijei-lhe a boca. Ele largou o livro, veio por cima de mim com uma cara de quem ia me dar exatamente o que eu queria. Respirei sofregamente. Morri a minha pequena morte mais uma vez.

Amei mais e mais aquele cara. A cada nova música do AM que tocava e ele me beijava de um jeito diferente, correspondente ao ritmo da música. O tempo corria devagar, no ritmo da música também. E eu sabia a cada sorriso safado que aquele corpo era meu. E sabia que a cada "eu te amo" aquela alma era minha. E nada me fazia me sentir mais satisfeita. E eu não amava nada como eu amava curtir a solidão à dois, escutando aquele cd, transando e fumando meu cigarro.

A verdade é que eu estava constantemente a beira de beijá-lo. Sem parar. Sem respirar. Morrendo mais e mais profundamente a cada vez. Sem freio. Sem noção de tempo. Talvez eu esteja muito ocupada sendo sua para me apaixonar por mais alguém.