domingo, 12 de abril de 2015

Tempus longum vitiat lapidem

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Uma hora tudo acaba. E para nós essa hora chegou. A hora em que findam os planos em uníssono e as metas a partir de agora são individuais. Aquele momento em que estávamos diante de uma bifurcação, e seguiu cada um para um lado diferente, e pôxa vida, as rotas nem são paralelas. Os dias se passam e as mesmas músicas melancólicas tocam. Ou aquelas completamente alegres, porém recheadas de memórias. Diferentes momentos voam como um filme em preto e branco na memória, e rápida(mente) se vivem sorrisos, abraços, orgasmos e palavras. Canções de amor. Gritos de prazer. Até chegar a sussurros que iniciam brigas. Tempestade na alma. Há só o barulho dos trovões.

E depois disso eu procurei você. Em cada bituca de cigarro. No fim de todas as latas de cervejas e todas as doses de whisky. Procuro você em outras pessoas que também procuram outras pessoas. Abyssus abyssum invocat, não é isso que dizem? Encontro você nos meus textos, no cheiro de algumas roupas perdidas. Na luz que entra na janela e ilumina sua poltrona.

Mas acabou, baby. Eu sei disso. C'est finit. Que vás ser feliz. Que viva muito. Que me esqueça ou que me lembre, seja o que for, contanto que com intensidade. Guarda de resguardo o carinho imenso que tive por ti. Agora vai, baby. "Faze o que tu queres." Não é isso o todo da lei?

Me deixa aqui, relembrando-revivendo-rememorando-remoendo. Recontando histórias que eu já sei de cor. Olhando velhas fotos que minha mente até já gravou. Só vá. Pra longe, pra perto, quem sabe? Que volte ou não.

Mas vá, meu bem. Dê-nos a chance de sermos felizes. Como duas almas distantes. Que um dia vão se encontrar mais uma vez. Seja nessa vida ou em alguma das próximas.

P.s.: na próxima vida eu desejo que sejamos árvores deciduais. Pra pelarmos-nos mais uma vez juntos durante o outono. Pra viver ao seu lado sem trocar palavra. Pra te fazer sombra e te proteger do sol. Ser sombreada e protegida do sol. Por séculos. Do teu ladinho, assim.

sábado, 4 de abril de 2015

a luz no fim do túnel é um raio de sol

E você tava uma merda. Você queria tocar tudo pro alto. Estava praguejando o universo, mandando à merda o seu horóscopo maldito e a sua lua na casa 2, seu vênus na casa 4, ou o que quer explique a merda da sua vida na última semana.

E aí você teve um dia de folga. Conversou com os amigos. Bebeu uma cerveja, fumou uma maconha, conversou sobre seus planos pro futuro e você foi para o seu quarto. Começou a escutar músicas de vibe boa, um surf music, e começou a melhorar. Começou a sorrir. E tudo foi embora. E você se sentiu bem de novo.

E agradeceu ao universo, que sempre gira a favor de quem luta